traição, Fernando Madeira, Portugal*
Da minha aldeia vejo quando da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é grande como outra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista a chave,
Escondem o horizonte, empurram nosso olhar para longe de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a única riqueza é ver.
O Guardador
de Rebanhos, Alberto Caeiro
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* Trabalho vencedor (categoria adultos) na 2ª edição do Concurso Internacional de Banda Desenhada Avenida Marginal. A exposição oficial será no dia 17 de junho, no Palácio dos Aciprestes, Fundação Marquês de Pombal, em Oeiras.
4 comentários:
Ah, que boa notícia! :)))
E também gostei do excerto que escolheste para acompanhar! :D
Beijocas!
Pois foi mesmo uma ótima notícia, Teté! :)
Depois se puderes aparece no dia 17 para a inauguração da exposição. Eu vou ver se também não falto. ;)
Não sou especial fã do Alberto Caeiro, mas gosto deste seu "guardador de rebanhos". Ehehe
Beijocas!
Eu por cá fiquei deliciado e rendido a esse "guardador de rebanhos". Tanto que inclusive criei uma personagem inspirada nele. Quanto a Phermad, esse já sabemos; muitíssimo bom artista, que se vê crescendo ano para ano. Abraços.
Carlos Rocha sabes que não é o meu heterónimo preferido, mas este poema adequa-se na perfeição a esta traição do Phermad! E desta vez tive a oportunidade de ver antes de estar concluída. ;)
Beijinho
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