quinta-feira, 25 de junho de 2009

Palíndromos

Pa-lín-dro-mo! Pa-lín-dro-mo! Pa-lín-dro-mo!

Uma palavra que de tanto a pronunciar começou a soar bem ao ouvido!

Um palíndromo, para quem não sabe, é uma palavra, frase ou qualquer outra sequência de unidades que tenha a propriedade de poder ser lida tanto da direita para a esquerda como da esquerda para a direita. Num palíndromo, normalmente não são considerados os sinais ortográficos, assim como o espaços entre palavras.

Como palavras, estou a lembrar-me de RIR, OVO, ANA, OCO.
O mesmo se aplica às frases, muito embora só conhecesse a primeira da lista que vos apresento. Quanto às restantes, tive conhecimento por uma amiga. Se entrentanto souberem de mais algumas, partilhem!

- "SOCORRAM-ME, SUBI NO ONIBUS EM MARROCOS";
- "ANOTARAM A DATA DA MARATONA";
- "A DIVA EM ARGEL ALEGRA-ME A VIDA";
- "A DROGA DA GORDA";
- "A TORRE DA DERROTA";
- "LUZA ROCELINA, A NAMORADA DO MANUEL, LEU NA MODA DA ROMANA: ANIL É COR AZUL";
- "RIR, O BREVE VERBO RIR";
- "SAIRAM O TIO E OITO MARIAS".

sábado, 20 de junho de 2009

Turquia era o destino

Vista panorâmica de Istambul
Ao meio-dia, Istambul esperava-nos com um sorriso. Bem-vindos! (Hos geldiniz!) Tínhamos acabado de pisar chão asiático e preparávamo-nos para fazer uma viagem de três horas até ao lado europeu. A música envolvia-nos e parecíamos saídos de uma cena de filme. Não havia regras na estrada. Faixas de rodagem existiam, mas é como não estivessem lá. Os sinais de sentido proibido em Istambul devem com certeza ter outro significado! As ultrapassagens tanto podiam ser pela esquerda, como pela direita. Era de quem chegava primeiro. Passadeiras, o que é isso!? O pensamento já ia longe e só pensávamos em chegar vivos ao destino.
Imaginem só que Istambul é uma cidade tão grande que até o povo local se perde, pois foi com alguma dificuldade que chegámos a Kumkapi, local onde se encontrava o nosso hotel.

As mesquitas começavam a chamar para a oração e a nossa euforia era tanta que mesmo estafados só queríamos era conhecer, conhecer e conhecer. A primeira paragem foi mesmo o Grande Bazar (Kapaliçarşi). Ruas e mais ruas de lojas sem fim à vista. Os comerciantes tinham sempre um sorriso no rosto e para eles éramos sempre espanhóis! Encontrámos um povo aberto, de uma simpatia natural e pronto para receber bem.
Nas ruas havia uma mistura de tudo. Os contrastes ressaltavam mais nas mulheres. Ora víamos mulheres quase despidas, ora só com os olhos à mostra. E com o calor que se fazia sentir até nos causava impressão! Connosco andava sempre uma garrafa de água para refrescar a garganta, porque a temperatura era de 35º à sombra.

No segundo dia, percorremos as ruas de Sultanahmet, onde se encontra o Hipódromo e o Obelisco Egípcio. Fomos conhecer a Mesquita Azul (Sultanahmet Camii), que é imponente e maravilhosa tanto no interior, como por fora.
Em frente esperava-nos a Mesquita Sofia (Ayasofya Müzesi), que actualmente é um museu. E confesso que não sei dizer qual delas a mais bonita.
Antes que o dia terminasse ainda tínhamos a cisterna (Yerebatan Sarnici) e o palácio de Topkapi (Topkapi Sarayi) para conhecer e já ao fim do dia, passámos a ponte Galata e fomos para o outro lado da Europa percorrer a principal rua das lojas, a Istiklal Caddesi até chegar à Torre Galata (Galata Kulesi).
Na hora de comer era de quem mais experimentava! Tudo sabia bem, até mesmo os pratos com pior aspecto visual. Deixo registado os que não esqueci: Izgara Köfte (bolas de carne grelhada), Pilav Üstü Tavuk Döner (peito de galinha com arroz), Kumpir (batata doce gigante com os ingredientes à escolha), Uludag limonata (sumo de limão), Dil (bolinhas de peixe grelhado) e claro baklava. Com gelado é divinal!

Os dias seguintes foram preenchidos com trabalho, uma visita ao Palácio Dolmabahçe (simplesmente maravilhoso) e um passeio de barco pelo Mar Marmara (Marmara Denizi).
Para conhecer Istambul o melhor mesmo é calcorrear as ruas a pé, mas para quem não é tão resistente pode sempre apanhar um táxi, ou andar de metro, tram (metro de superfície), funicular ou autocarro. O táxi e o tram são os melhores.
Na hora da partida com destino a Izmir, custou dizer adeus (Hoşça Kalin), mas tinha mesmo de ser.

Torre do relógio em Izmir
Em Izmir a temperatura chegava aos 40º à sombra! Oficialmente a cidade nunca chega aos 40º, pois essa temperatura faria com que as pessoas ficassem em casa e não fossem trabalhar. Sorte que estava vento e a brisa era bastante fresca.
A cidade situa-se à beira-mar e é muito idêntica à cidade de Quarteira, mas em dimensão muito maior. No entanto, temos de percorrer uma hora de carro para podermos usufruir de uma praia, no Mar Egeu (Ege Denizi). No percurso aproveitamos para conhecer duas zonas históricas Selçuk e Ephesos.
Também aqui a despedida não foi fácil, mas era hora de levantar voo de regresso a casa.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Em busca de...

A Vida Nova. Assim se chama o livro que escolhi de Orhan Pamuk, depois de ter lido uma crítica do Menphis ao livro Outras Cores, que me deixou curiosa em relação a este autor, prémio Nobel da literatura em 2006.

A Vida Nova, de Orhan PamukA Vida Nova conta a história de Osman, um jovem estudante que ao ler um livro toda a sua vida muda.


«Desde a primeira página, sofri com tanta força o poder do livro que senti o meu corpo apartado da cadeira e da mesa a que me sentava. No entanto, ao mesmo tempo que experimentava a sensação de que o meu corpo se afastava de mim, todo o meu ser continuava, mais do que nunca, sentado na cadeira, à mesa, e o livro manifestava todo o seu poder não só na minha alma, mas em tudo o que compunha a minha identidade.»


Osman tinha visto o livro pela primeira vez nas mãos de Janan, uma estudante da Escola de Arquitectura, por quem se apaixona. Esta questiona-lhe o que ele seria capaz de fazer para entrar no mundo desse livro e Osman responde-lhe que seria capaz de tudo, até de enfrentar a própria morte. Osman sentia-se completamente obcecado pelo livro, que parecia-lhe mostrar a sua própria vida.

«À medida que virava as páginas, penetrava na minha alma e apoderava-se dela um universo cuja existência ignorava até então, que nem sequer tinha alguma vez imaginado. Todas as coisas que eu tinha aprendido e em que acreditara até agora já não passavam de pormenores desprovidos de qualquer interesse, surgindo, dos recantos onde se tinham assolapado, coisas que eu desconhecia e que me faziam sinais.»

Um dia Janan desaparece e Osman decide então abandonar toda a sua vida e partir à procura do amor de Janan e em busca dos segredos do livro. À procura da Vida Nova. Por estradas da Turquia rústica, de autocarro em autocarro, Osman viaja ininterruptamente. Vê cidades aparecer e a desaparecer. Caminha numa realidade absurda e confusa, enquanto procura encontrar a sua identidade, o seu amor e escapar à morte. Até ao dia em que descobre o Acidente. O acidente que mostra aos que sobrevivem a vida nova que leu no livro. Osman continua então a sua busca interminável à procura dos acidentes, pois só assim poderia encontrar Janan. E é entre autocarros destruídos que Osman encontra Janan, mas não o amor dela, pois Janan procurava Mehmet, o seu amor. Ficam apenas companheiros de viagem...
Será que Osman encontra a Vida Nova? E estará ele preparado para a enfrentar?

«Um dia li um livro e toda a minha vida mudou.» Assim começa esta história que poderia ter mudado a minha vida. O certo é que não mudou, mas Pamuk num ritmo acelerado conseguiu exceder positivamente as minhas expectativas. Irei voltar a ler algo deste autor, com toda a certeza!

sábado, 6 de junho de 2009

"O Maior de Todos os Tesouros"

O maior de todos os tesouros, de Carlos Rocha
O Maior de Todos os Tesouros é o novo livro de Carlos Rocha, que foi apresentado no V Festival Internacional de BD de Beja.
Com 18 páginas bem desenhadas e humoradas, Rocha apresenta-nos uma pequena história de agradável leitura.

Agora que optaste por dedicar-te a tempo inteiro à BD, espero ler muitas mais e continuar a encontrar trabalhos teus em muitas outras exposições. Muito sucesso nesta tua nova aventura.

Pinturas populares (últimos 30 dias)