terça-feira, 28 de abril de 2015

8.ª Festa do Cinema Italiano


Para os mais distraídos, aviso que a 8 1/2 Festa do Cinema Italiano está a chegar à cidade de Loulé. 

Este ano, a 8.ª edição esteve pela primeira vez nas Caldas da Rainha. Já passou por Lisboa e entre os dias 1 e 3 de maio, vai estar no Algarve. Depois sobe até Coimbra (5-7 de maio) e voa para o Funchal (8 e 10 de maio), para continuar a mostrar o melhor do cinema italiano.

A mostra cinematográfica do ano passado voltou a ter um balanço bastante positivo. Destaco A Grande Beleza, de Paolo Sorrentino, como o filme mais marcante da última edição. Também participei de um workshop Italiano per principianti, que, para além de ser muito animado, permitiu conhecer um pouco mais da cultura gastronómica italiana. O deste ano será sobre a Moda.

Para este fim de semana prolongado, vou apostar no filme de abertura, I Nostri Ragazzi, de Ivano de Matteo, baseado no livro de Herman Koch, O Jantar. Já no sábado, espero poder assistir às curtas-metragens, que são sempre surpreendentes, e não quero perder Almas Negras, de Francesco Munzi. Filme que teve um grande sucesso por parte da crítica, recebendo 13 minutos de aplausos após a projeção oficial no Festival de Veneza. Vamos lá ver se merece!

Quem estiver por Loulé, Coimbra e Funchal pode sempre aproveitar esta Festa! :)

sábado, 25 de abril de 2015

«Os Sobreviventes»


25 de abril, 21h30, Teatro das Figuras

«A reconstrução do primeiro álbum [Os Sobreviventes] de Sérgio Godinho por B Fachada, Francisca Cortesão (Minta) e João Correia (Tape Junk) soma cerca de 15 minutos à original. O que quer dizer muitas coisas mas prova essencialmente que, na sua matéria poético-musical, o trio encontrou uma plasticidade invulgar que, mais do que uma reprodução, permitiu uma expansão. "Os Sobreviventes" foi levado ao palco pela primeira vez no Lux Frágil, em Lisboa, exactamente no ano em que se assinalaram os 40 anos do 25 de Abril.»

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Mal de ortografia

Eterna Biblioteca, Paulo Galindro, Portugal

«No entanto, o que mais me afectou da entrevista foi ter enfrentado, uma vez mais, o meu drama pessoal com a ortografia. Nunca consegui entender. […] Outros consolavam-me com o pretexto de que é um mal de muitos. Ainda hoje, com dezassete livros publicados, os revisores das minhas provas de imprensa honram-me com a galantaria de corrigir os meus horrores de ortografia como simples erratas.» 
Viver Para Contá-laGabriel García Márquez


E no Dia Mundial do Livro pergunto: Quem é o autor destas palavras? 
Foi Prémio Nobel de Literatura. E mais não digo.
(Não vale pedir a ajuda do Google)
Resposta ao desafio: Gabriel García Márquez

terça-feira, 14 de abril de 2015

História de Anasztázia Varga e outras estórias

Pode parecer mentira, mas ontem terminei de ler o primeiro livro deste ano, que já estava parado na mesa de cabeceira desde o ano passado. A falta de tempo e motivação para leituras foram os principais motivos, mas A Boneca de Kokoschka, de Afonso Cruz também não correspondeu totalmente às minhas expetativas iniciais e daí ter arrastado a leitura. 

Afonso Cruz é um autor genial e a sua subtileza com as palavras é contagiante, daí esperar sempre algo extraordinário nos seus livros! Como já namorava esta obra fazia algum tempo e a sinopse inspirava à leitura, não resisti e comprei-o. Não desgostei da história. Longe disso! Só que lá está, esperava algo diferente. Talvez a sinopse tenha-me induzido em erro, e também por isso, acabei por perder o entusiasmo na leitura a meio da terceira parte do livro. Que até é já bem no fim. 

A primeira parte lê-se num ápice. As vidas de Bonifaz Vogel, um homem que tem uma loja de pássaros, de Isaac Dresner, um rapaz judeu que se esconde na cave do comerciante, e de Tsilia Kacev, uma judia com chagas que se junta àquela família improvisada, viciam-nos. Afonso Cruz agarra-nos e puxa-nos para dentro desta história alucinante e poética. 

«- A porta do paraíso é a boca de um frasco - disse Isaac. - Era o que o meu pai me dizia: a boca de um frasco. Sabe porquê, Sr. Vogel? Por causa do macaco. Imagine um frasco de nozes. O macaco não tem dificuldade em meter lá a mão, mas quando pega nas nozes não consegue tirá-la. Terá de largar as nozes para ser livre. E o paraíso é assim, temos de deitar fora as nozes e mostrar as nossas mãos vazias.»

Já na segunda parte, ficamos a conhecer Mathias Popa, um escritor sem sucesso que um dia decidiu roubar um manuscrito a Thomas Mann e publicá-lo como se fosse seu. É nesta parte que surge-nos o livro "A Boneca de Kokoschka" de Mathias Popa, dentro do livro de Afonso Cruz, que conta-nos a história de Anasztázia Varga e da sua família. 

As personagens tentam procurar-se, mas andam em constantes desencontros, como se andassem num labirinto que não tem fim. A história parece um jogo e o leitor perde-se entre o real e o fictício. A Boneca de Kokoschka não é de todo uma leitura perdida. Nesta história complexa, o poder imaginativo de Afonso Cruz continua a surpreender.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

«O Gato e o Rato», de Günter Grass

Black Cat and Mouse, Linda Apple, E.U.A.

«Logo na primeira visita reparei no bufo-branco empalhado. Eu não morava muito longe dali, na Westerzeile; porém, não é de mim que é para falar, mas sim de Mahlke ou de Mahlke e de mim, mas sempre com a ênfase em Mahlke, pois era ele que tinha o risco ao meio, era ele que usava botas, era ele que ora tinha isto ora tinha aquilo pendurado ao pescoço, para distrair o eterno gato daquele eterno rato, era ele que se ajoelhava diante do altar de Maria, era ele o mergulhador com a queimadura solar recente, estava em relação a nós, ainda que desajeitadamente e sem graça, sempre um pouco mais adiante e , ainda mal tendo acabado de aprender a nadar, pretendia mais tarde, depois da escola e por aí em diante, ser palhaço num circo e fazer as pessoas rir.»
O Gato e o Rato, Günter Grass (1927-2015)

«Grass é um dos escritores mais inteligentes, mais contundentes que me foi dado a ler na escrita contemporânea.Um homem rigoroso, preciso e polémico, que nunca se esquece que escrever é liberdade.»
Maria Teresa Horta 

sexta-feira, 10 de abril de 2015

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Brígida Brito Fotografia



Hoje partilho com vocês o trabalho maravilhoso de uma amiga querida, que dedica todo o seu amor e paixão no registo de momentos de ternura para a vida.

Apaixonem-se!

Pinturas populares (últimos 30 dias)