Esquimau, Jeremy Moncheaux, França «Mas estou certo de ter, pelo menos, encarado sempre o Natal, de cada vez que ele apareceu, e à parte o respeito devido ao seu nome sagrado e à sua santa origem, se é que se podem separar estas coisas do Natal, sim, sempre encarei o Natal como um tempo feliz, um tempo de bem-querença, de perdão, de caridade, de boas relações; a única época que eu saiba em que, no longo calendário do ano, homens e mulheres parecem, num consentimento unânime, abrir os corações e pensar na pobre gente que lhes fica por baixo, como companheiros de viagem desta vida para outra, o que são de facto, e não como uma outra raça de criaturas visando um objectivo diverso. Deste modo, tio, embora o Natal nunca me tenha metido uma moeda de oiro ou de prata no bolso, creio que o Natal me fez bem e me fará bem. [...]
- Se ouço sair mais uma palavra da sua boca - disse-lhe Scrooge -, festejará o Natal com a perda do emprego.»
«Canção de Natal», in Contos de Natal, de Charles Dickens
4 comentários:
O Natal como a época dourada do coração e não como o material que se troca e que se quer fazer prevalecer a todo o custo nesta altura...
Vi isto em filme, várias vezes e em várias versões, e é realmente uma história fantástica... :)))
Beijocas!
Confesso-me uma daquelas pessoas a quem o Natal deixa deprimida. Trago sempre o coração mais pesado nesta época, nem eu sei explicar porquê... A única coisa que gosto nesta época é dos dias frios e luminosos (que este ano tardam a chegar), o cheiro a lareira, que me transporta para a infância, e a oportunidade de estar com a família de uma forma que, por alguma razão é diferente de todas as outras reuniões familiares que fazemos ao longo do ano.
Enfim... parece que afinal o Natal tem mesmo alguma coisa de mágico. :)
este texto foi o mais perto que estive de sentir algum espírito natalício! :( este ano está muito fraco...
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