“- Lestes então os Prolegómenos?
- Mal, e ainda por cima há três anos.
- Três anos! Exclamou o doente. – Gasta uma pessoa o seu tempo e as suas forças como se se tratasse de conquistar a eternidade, e vem um fulano, que por acaso nos leu, dizer-nos que ao fim de três anos tudo olvidou! Malograda glória.”
- Mal, e ainda por cima há três anos.
- Três anos! Exclamou o doente. – Gasta uma pessoa o seu tempo e as suas forças como se se tratasse de conquistar a eternidade, e vem um fulano, que por acaso nos leu, dizer-nos que ao fim de três anos tudo olvidou! Malograda glória.”
Como a Água que Corre, de Marguerite Yourcenar
4 comentários:
É, mas há livros assim, que se evaporam da nossa memória rapidamente, assim que acabam de ser lidos...
Glória malograda para quem os escreveu, mas conquistada na eternidade dos outros, que ninguém esqueceu! :)
Jinhos e bom fim de semana!
já dei por mim a falar de livros que gostei muito, e nem sequer me lembrar do seu final :S acho que o importante é sentirmos prazer durante a leitura, depois a memória parece-me pouco importante. até porque a releitura pode ser outra descoberta :)
(ainda não esqueci o desafio...)
bom fim-de-semana
É triste, mas por vezes é verdade.
Da maioria dos livros que li à 3 anos, lembro-me do enredo, e de um ou outro pormenor, e é só :-/
Mas outros há que ficaram gravados na memória com carinho. E esses não olvidarei (adoro o som desta palavra:-) )
Sandra do blog Vidas Desfolhadas
Das obras que leio retenho partes de um todo que me fizeram sonhar, chorar, sorrir e tantas outras coisas mais!
Depois existem aquelas que são deixadas de lado, por as suas páginas nunca terem sido desfolhadas até ao fim... E dessas nem das primeiras linhas me lembro.
S. G., também estás à vontade para te esquecer! :)
Enviar um comentário