The Library, Simone Joslyn Kesterton, Reino Unido/Polónia
«As pessoas desaparecem quando morrem. A sua voz, o seu riso, o calor do seu bafo. A sua carne. Finalmente os seus ossos. Cessa toda a memória viva deles. E isso é simultaneamente terrível e natural. No entanto, para alguns, há uma excepção a esse aniquilamento. Porque continuam a existir nos livros que escreveram. Poderemos redescobri-los. O seu humor, o seu tom de voz, o seu temperamento. Através da palavra escrita, eles podem encolerizar-nos ou fazer-nos felizes. Podem confortar-nos. Podem confundir-nos. Podem modificar-nos. E tudo isso, apesar de estarem mortos. Como moscas em âmbar, os seus corpos petrificados no gelo, aquilo que segundo as leis da natureza deveria fenecer, é preservado pelo milagre da tinta no papel. É uma espécie de magia.»
O Décimo Terceiro Conto, Diane Setterfield
3 comentários:
É verdade. Continuam de certa forma a viver através dos seus livros e a conviver com os seus leitores.
A imagem é bonita: Uma biblioteca como uma estrada e sem fim à vista.
Boa noite
Costumo dizer que um escritor ou um poeta nunca morre. Esta frase vai no mesmo sentido... :)
Beijocas!
Intemporalidade e o prazer revisitado.
Beijo
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