«Sempre entendi a ideia de viajar como inimiga do princípio da excursão. Quando abandono o conforto da minha casa é para escolher a estrada menos frequentada, mesmo que corra riscos, porque sei que isso vai fazer toda a diferença. Deixa-me espaço para a descoberta, para o improviso, para ver para além do óbvio, para ser uma turista do dia-a-dia.»
Viagens Contadas de Maria João Ruela foi um dos quatro livros que recebi este Natal. Apesar de não ser grande apreciadora deste género de livros sobre viagens, este chamava-me das prateleiras sempre que entrava numa livraria ou visitava uma feira do livro. Simpatizo com a jornalista, a fotografia da capa é cativante e a sinopse revela um estilo de viagem que tem tudo a ver comigo. São tudo pontos a ter em conta, mas o que me levava mesmo a querer lê-lo era o facto da autora escrever sobre um dos meus destinos de sonho, Patagónia. Assim, estas Viagens Contadas chegaram até mim inesperadamente uns dias após a noite mágica.
Mas passemos ao que interessa. Maria João Ruela descreve num tom despretensioso algumas das suas viagens pelo mundo. Chile e Argentina, Nepal, Marrocos, Noruega, França e Espanha, Ucrânia, São Petersburgo e Gdansk são os destinos que encontramos nesta obra.
Algumas viagens foram escolhidas como destino de férias a dois, outras foram realizadas com um grupo de amigos ou em situação de trabalho e outras, as menos desejadas, exigiram a obrigação de um guia.
O espírito aventureiro, o gosto pelo incerto e imperfeito e a constante curiosidade jornalística levam-lhe a percorrer destinos de carro pela Patagónia e Terra do Fogo, ou em trekking pelos trilhos dos Annapurnas, Alpes e Pirinéus, ou em autocaravana pelo frio da Noruega. E é nestes destinos que Maria João Ruela encontra os personagens para as suas histórias, pois na sua mochila a autora guarda o seu bem mais precioso, o caderno de notas.
Gostei bastante da forma intimista como cada viagem é narrada, das pequenas divagações que levam a autora para outras viagens, das imperfeições e também dos mapas desenhados no início de cada capítulo, que revelam antecipadamente o trilho escolhido para cada destino. Maria João Ruela partilha ainda uma seleção de fotografias, a preto e branco e a cores, que nos vão acompanhando ao longo do livro.
8 comentários:
Susanaaaa :) Qualquer dia escrevemos tb o nosso livrinho de viagens eheheh. Vou voltar a PAris em Fev :o) bjos**
Olha e até podia ser um a quatro mãos. Que dizes, CarY? :)
Sempre vais? Boa! Paris é mesmo uma cidade a voltar muitas e muitas vezes. Beijocas ***
Nunca viajei.Não me entusiasma muito, com excepção de 2 ou 3 destinos.
Fiz uma única viagem ao estrangeiro(não contando 3 ou 4 idas a Espanha aqui muito perto),a França, mas há mais de 30 anos, que já nem vale.
Se viajasse, era assim que gostava de o fazer. As viagens de excursões, não deixam ver o que é realmente a alma de um país.
Paris é uma das poucas cidades que gostava mesmo de visitar.
Bom Domingo
Isabel não posso acreditar que viajar não te entusiasme, mesmo sendo para destinos cá dentro! Falta-te apenas ganhar o bichinho. É que para tudo é preciso começar. ;) E sim o melhor mesmo é partir sem amarras a guias ou a excursões. Eu sempre que posso ando sempre a saltitar, pois como o Saramago diz "A viagem não acaba nunca".
Se tens curiosidade em relação a Paris então tens de visitar esta cidade maravilhosa. Ainda mais que há imensos voos baratos para lá. Não percas! :) Bom final de domingo!
Cá dentro, há locais que não conheço, mas que quero conhecer,nomeadamente o Porto. Se Deus quiser na Páscoa ou nas férias do Verão hei-de lá ir uma semanita. Mas quando falo em viajar refiro-me a países estrangeiros.
Paris e Veneza são duas cidades que ainda gostava de conhecer. quem sabe, um dia destes.
( Acho graça a isso de "saltitar")
Um abraço e boa semana
Pois eu vou "saltitando" entre o cá dentro e o lá fora, Isabel. ;)
As 3 cidades que referes tens mesmo de conhecer.
Uma boa semana!
Este género de livros não são, nem de perto nem de longe, os meus preferidos. Mas acredito que a jornalista escreva bem e que o seu relato seja agradável... :)
Beijocas!
Nem do meu, Teté! Não desta forma de relato, mas para primeiro livro que li do género não desgostei. Está bastante fluído e nada exagerado. ;)
Beijocas para ti!
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