Pelo City, A. Magaldi, Espanha
«E o nevoeiro sempre a aumentar, e o frio a tornar-se cada vez mais vivo, cada vez mais áspero e penetrante. Se o bom São Dunstan, patrono dos ferreiros, tivesse apertado o nariz do diabo com um frio tão mordente, em vez de servir-se do seu elemento familiar, o diabo gritaria com certeza a sério. O proprietário de um jovem nariz pontiagudo deteve-se a tremer em frente da porta de Scrooge para o regalar com uma balada de Natal mas, logo ao primeiro verso da introdução:
Deus o abençoe, alegre cavalheiro!
Scrooge pegou na régua que estava em cima da carteira com um gesto tão enérgico que o cantor semicongelado deitou a fugir aterrorizado, abandonando o buraco da fechadura ao nevoeiro e ao frio.»
«Canção de Natal», in Contos de Natal, de Charles Dickens
2 comentários:
... a magia do Natal tem um nome: Dickens; Charles Dickens!
Completamente de acordo contigo, Manuel. :)
Por isso é que dedico este mês a Dickens e à sua Canção de Natal. Próxima quarta-feira conta com mais um pequeno excerto. ;)
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