«E Artur foi-os seguindo timidamente, ansioso por ver o Martinho! Pareceu-lhe esplêndido, com a acumulação dos chapéus altos entre os espelhos doirados, sob uma névoa de fumo de tabaco, no brouhaha contínuo das conversas. Não se atreveu a entrar. À porta um grupo palrava, e Artur contemplava-o de longe, com devoção, pensando que deviam ser poetas e estadistas... Subiu-lhe então de repente ao cérebro uma vapor excitante de emanações intelectuais: teve pressa de entrar naquela existência - relacionar-se, regalar-se das discussões sobre Arte e Ideal, «ser também de Lisboa»!»
A Capital, de Eça de Queirós
2 comentários:
Felicitaciones por el post muy cultural! un saludo!
Um site muito bom .. Obrigado ..
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