domingo, 27 de abril de 2008

As manhãs não são sempre azuis!

Manhã em Porto de Mós
Six Word Memoir Meme Rules:
1) Write your own six word memoir.
2) Post it on your blog and include a visual illustration if you’d like.
3) Link to the person that tagged you in your post, and to the original post if possible so we can track it as it travels across the blogosphere.
4) Tag at least five more blogs with links.
5) Don’t forget to leave a comment on the tagged blogs with an invitation to play.
6) Have fun.

Este é mais um desafio, que me foi lançado pela Su, a menina do Teia de Ariana.
Optei por uma frase de seis palavras, que faz parte dos meus despertares de há uns anos para cá. Pois apesar de as manhãs não serem sempre azuis, faço para que os meus dias o sejam! A foto obviamente tinha de ter uma manhã de Céu azul!
E não era minha intenção torturar nenhum de vós, mas como as regras assim o exige... aqui deixo o registo dos eleitos:

sábado, 19 de abril de 2008

Sítio da Nazaré

Sítio da Nazaré
Conta a Lenda da Nazaré que numa manhã de Setembro de 1182, D. Fuas Roupinho andava à caça. Quando estava a perseguir um cervo (considerado a materialização do próprio demónio), este dirigiu-se a um precipício no sítio da Nazaré, encoberto por um denso nevoeiro.
O cavaleiro apercebeu-se do perigo de morte, demasiado tarde. Ao sentir-se perdido implorou, desesperadamente, à Virgem Maria: Senhora, valei-me!
Milagrosamente, aparecem-lhe a Senhora e o Menino, fincando-se as patas traseiras do cavalo na rocha, salvando o cavaleiro e sua montada da morte certa, enquanto que o cervo e os cães caíram no mar de Nazaré.
Em honra à Virgem, o nobre mandou construir no local uma capela em sua homenagem, por o ter resgatado da morte. Esta tornou-se conhecida como Capela da Memória.

Ainda hoje, os populares indicam aos visitantes as marcas das ferraduras onde as patas do cavalo se teriam cravado na rocha, no sítio da Nazaré.
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Fonte: Wikipédia

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Em tempos fui um soldado

Contemplo o que o meu olhar alcança
Em tempos fui um soldado. Um soldado com grandes feitos e de grande orgulho. Mas esse tempo passou e com ele chegou o esquecimento de um povo. Agora não passo de uma memória que ainda perdura nesta isolada terra, à qual não pertenço. Passo dias quentes e noites gélidas, noites amenas e dias frios aqui neste pequeno recanto a contemplar o rio que desce. Observo as embarcações que descem e sobem o rio e esses momentos definem o meu passar dos dias. As pessoas por mim passam e há até quem me ache uma certa graça. Encostam-se a mim de rosto alegre e deixam-se recordar junto da minha álgida figura. Nada sabem de mim! Nem nada querem saber! Desconhecem os sonhos que sufoquei... Os amores que me esqueceram... E até as lágrimas que nunca caíram! Em mim apenas vêem a estátua que agora sou! O homem que fui morreu, no dia em que fui um soldado.

domingo, 6 de abril de 2008

O artista ou o banqueiro?

O Homem SentimentalQuando morreres chorar-te-ei a valer. Aproximar-me-ei do teu rosto para beijar com desespero os teu lábios num último esforço, cheio de presunção e de fé, para te devolver ao mundo que te terá relegado. Sentir-me-ei ferido na minha própria vida, e considerarei a minha história partida em dois por esse teu momento definitivo. Fecharei os teus renitentes e surpreendidos olhos com mão amiga, e velarei o teu cadáver esbranquiçado e mutante toda a noite e a inútil aurora que não te terá conhecido.

Com estas três passagens dou-vos a conhecer pequenos instantes do livro O Homem Sentimental, de Javier Marías.
Um cantor de ópera, conhecido como o Leão de Nápoles é o narrador desta entusiasta história de amor. No início, o cantor questiona-se se deverá contar os seus sonhos. No entanto, acaba por descrever o seu sonho daquela manhã. Numa das suas visitas a Madrid para interpretar o Otelo de Verdi vê-se envolvido por uma mulher casada, Natalia. Manur, o marido, arranja-lhe um acompanhante, "o imperturbábel senhor Dato", para a entreter em todas as horas do dia. E são estes quatro personagens que dão corpo a este envolvente sonho ou talvez realidade! Onde o verdadeiro "homem sentimental" parece ser o artista, mas que no final talvez seja o banqueiro!
Para o autor, «O Homem Sentimental é uma história de amor na qual o amor não se vê nem se vive, mas que se anuncia e recorda». E pergunta-se: «Pode isto acontecer?»

sexta-feira, 4 de abril de 2008

O segundo despertar

«Li uma vez num livro de um alemão que as pessoas que não tomam o pequeno-almoço desejam evitar o contacto do dia e não entrar nele, porque na realidade é só através do segundo despertar, o do estômago, que se consegue sair totalmente da penumbra e da esfera nocturna, e é só depois de ter chegado são e salvo à outra margem que uma pessoa pode dar-se ao luxo de relatar o sonhado sem que isso traga calamidades, já que, se o conta em jejum, ainda está sob o domínio do sonho e atraiçoa-o com as suas palavras, expondo-se assim à sua vingança.»
O Homem Sentimental, de Javier Marías

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Sonhos inacabados

Os meus sonhos
«Não sei se vos conte os meus sonhos. São sonhos velhos, fora de moda, mais próprios de um adolescente que de um cidadão. São simultaneamente prenhes de episódios e precisos, um pouco vagarosos ainda que de grande colorido, como os que poderia ter um alma fantasiosa mas no fundo simples, uma alma muito organizada. São sonhos que acabam por cansar um pouco, porque quem os tem acorda sempre antes do seu desenlace, como se o impulso onírico se esgotasse na representação dos pormenores e de desinteressasse do resultado, como se a actividade de sonhar fosse única ainda ideal e sem objectivo. Não conheço, por isso, o final dos meus sonhos, e pode revelar desconsideração relatá-los sem estar em condições de oferecer uma conclusão ou um ensinamento.»
O Homem Sentimental, de Javier Marías

terça-feira, 1 de abril de 2008

As seis melodias

A menina Su desafiou-me a revelar os meus gostos musicais.
É um daqueles desafios complicados, pois só posso seleccionar seis músicas e ao fim de quase trinta anos, tantos foram os sons que preencheram os meus dias, que nem sei bem por onde começar...

Abelha Maia
Fez parte da minha infância e terá sempre um sentido para mim.

Anzol, Rádio Macau
E nem tenho de explicar porquê.

The show must go on, Queen
Anima-me sempre que a oiço!

Where The Wild Roses Grow, Nick Cave & Kylie Minogue
Gosto especialmente de Nick Cave.

Nocturna, Afonsina Tuna de Engenharia da Universidade do Minho
É lindíssima! Não me canso de a ouvir e de a cantar apesar de desafinar imenso!

Nona Sinfonia, Beethoven
Passou a fazer parte dos meus dias!

Não, não se assustem, porque não vou passar este desafio a nenhum de vós! Desta vez fica para quem o quiser agarrar!

Pinturas populares (últimos 30 dias)