Silves, Portugal
«O amor nos condena:
demoras
mesmo quando chegas antes.
Porque não é no tempo que eu te espero.
Espero-te antes de haver vida
e és tu quem faz nascer os dias.
Quando chegas
já não sou senão saudade
e as flores
tombam-me dos braços
para dar cor ao chão em que te ergues.
Perdido o lugar
em que te aguardo,
só me resta água no lábio
para aplacar a tua sede. [...]»
in idades cidades divindades, Mia Couto
3 comentários:
Lindo, lindo. O poema e a fotografia.
De Mia Couto acabei de ler "Vagas e lumes". Gostei!
Bjs.
O poema é bonito,mas a fotografia é fantástica! :)
Beijocas
Obrigada, meninas! :)
Beijinhos
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