«Pois também lá, entre chaminés, nos intervalos do sofrimento, algo se assemelhava à felicidade. Toda a gente me pergunta só pelas vicissitudes, pelos «horrores»: todavia, no que me diz respeito, é talvez essa a experiência mais memorável. Sim, é disso, da felicidade dos campos de concentração, que eu lhes falarei na próxima vez, quando me perguntarem. Se é que vão perguntar. E se eu próprio não me tiver esquecido.»
Sem Destino, de Imre Kertész
"O problema de Auschwitz não é o de saber se devemos manter a sua memória ou metê-la numa gaveta da História. O verdadeiro problema de Auschwitz é a sua própria existência e, mesmo com a melhor vontade do mundo, ou com a pior, nada podemos fazer para mudar isso."
Imre Kertész, no seu discurso de atribuição do prémio Nobel em 2002
Dia Internacional de
Memória das Vítimas do
Holocausto
4 comentários:
Estou a ler "O Rapaz do caixote de Madeira" há quem diga que é mais um livro sobre o Holocausto. Discordo, nunca será mais um livro, por mais que se escreva sobre esta horrível realidade!! Será sempre uma história contada por alguém que sofreu... jamais "mais um"... jamais!
Olá Paula!
Não tinha ideia que "O rapaz do caixote de madeira" era um retrato do Holocausto.
Realmente agora sempre que aparece um livro sobre o tema, há essa tentação de enfatizar e dizer "ó é mais um sobre o mesmo". Mas o importante disto tudo é que jamais se pode deixar esquecer.
Assim como não se pode baixar os braços ou fechar os olhos e dizer que nos dias de hoje somos todos bons e que atrocidades como esta já não acontecem...
Mesmo que tentem esconder essa memória dentro de uma gaveta ou passar uma esponja na História da humanidade, facto é que não muda rigorosamente nada... E fica para sempre a lembrança do que os homens são capazes de fazer uns aos outros, em nome da "ideologia", da "religião"ou com qualquer outra desculpa!
Beijocas
Não podemos deixar esquecer um acontecimento tão marcante. Seis milhões de judeus foram assassinados pelas mãos dos nazis.
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