sexta-feira, 5 de março de 2010

"reflorindo no frangipani"

Cemitério de Istambul«Em vivo me ocultei da vida. Morto me escondi em corpo vivo. Minha vida, quando autêntica, foi de mentira. A morte me chegou com tanta verdade que nem acreditei. Agora era o último momento em que eu podia mexer no tempo. E fazer nascer um mundo em que um homem, só de viver, fosse respeitado. Afinal, não é o pangolim que diz que todo o ser é tão antigo quanto a vida?»
«O último sonho», in A Varanda do Frangipani, de Mia Couto

2 comentários:

Teté disse...

Só li um livro do Mia Couto e não gostei por além. Quer dizer, gostei da escrita, mas a história pareceu-me um bocado disparatada, mesmo em África...

Ando com um Pepetela a meio... :)

Beijocas e bom fim de semana!

Lígia disse...

Xi, agora deu-me uma saudade de ler Mia Couto... Adoro, para mim ele faz música com as palavras. Excelente!
Beijinho e bom fim-de-semana :)

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