«Em vivo me ocultei da vida. Morto me escondi em corpo vivo. Minha vida, quando autêntica, foi de mentira. A morte me chegou com tanta verdade que nem acreditei. Agora era o último momento em que eu podia mexer no tempo. E fazer nascer um mundo em que um homem, só de viver, fosse respeitado. Afinal, não é o pangolim que diz que todo o ser é tão antigo quanto a vida?»
«O último sonho», in A Varanda do Frangipani, de Mia Couto
2 comentários:
Só li um livro do Mia Couto e não gostei por além. Quer dizer, gostei da escrita, mas a história pareceu-me um bocado disparatada, mesmo em África...
Ando com um Pepetela a meio... :)
Beijocas e bom fim de semana!
Xi, agora deu-me uma saudade de ler Mia Couto... Adoro, para mim ele faz música com as palavras. Excelente!
Beijinho e bom fim-de-semana :)
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