«É como se toda a gente tivesse feito um acordo tácito para viver num estado de auto-ilusão total. Para o diabo com a realidade! Vamos ter uma data de estradinhas giras e às curvas e casinhas giras pintadas de branco, de cor-de-rosa e de azul-bebé; vamos ser todos bons consumidores e um exemplo de solidariedade e criar os nossos filhos numa redoma de sentimentalismo - o papá é um homem óptimo porque ganha a vida, a mamã é uma mulher óptima porque ficou ao lado do papá estes anos todos - e se a velha realidade alguma vez saltar cá para fora e disser Buu, nós ocupamo-nos com qualquer coisa e fazemos de conta que aquilo nunca aconteceu.»
Revolutionary Road, de Richard Yates
4 comentários:
Não li o livro, mas adorei o filme! :)
Beijocas!
E eu não vi o filme, mas adorei o livro! :)
Beijinho
Ainda só vi o filme, do qual gostei muito. Estava a ver se me "esquecia" do filme para poder ler o livro. Com este teu excerto, dificultaste-me a tarefa... :)
Ops! Foi sem intenção, N. Martins. :)
Esta parte realmente tem a particularidade de transparecer a essência da historia.
Espero que com isto não o deixes de lado por muito tempo! ;)
Boas leituras!
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