Agosto já está mesmo na recta final, mas não quero deixar passá-lo sem antes vos falar de mais um livro. Desta vez escolhi uma obra de Albert Camus. Fiquei indecisa na escolha, pois quanto mais conheço a obra deste autor, mais me apaixono por ela.
O Estrangeiro, «que revelou e consagrou definitivamente Camus como um verdadeiro “clássico” da literatura contemporânea», foi o eleito!
O romance O Estrangeiro está dividido em duas partes e conta a história de um homem cuja a mãe morreu. É o personagem enlutado, Sr. Meursault, que nos conta a sua história.
«Hoje, a mãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem. Recebi um telegrama do asilo: «Sua mãe falecida. Enterro amanhã. Sentidos pêsames.» Isto não quer dizer nada. Talvez tenha sido ontem.»
Meursault pede dois dias ao patrão, que torce o nariz, e desloca-se ao asilo para tratar do enterro da mãe. Enterra-a, não chora e apanha o autocarro de regresso a casa.
No dia seguinte, compreende o porquê do patrão ter mostrado um ar aborrecido… Era sábado! Como tem o dia livre decide ir à praia. Uma vez lá, encontra Maria Cardona, uma mulher que ele «desejara em tempos» e juntos, entre risos e gargalhadas, desfrutam de um dia de praia. Mais tarde convida-lhe para irem ao cinema ver uma comédia de Fernandel e após a sessão terminam a noite na casa dele.
No domingo nada se passa e segunda-feira vai trabalhar. De regresso a casa encontra-se com o seu vizinho Raimundo Sintès. No bairro não gostam muito dele, mas Meursault não tem motivos para não lhe falar.
Os dias vão passando normalmente até que Meursault vai com Maria passar um fim-de-semana à casa de praia de um amigo de Raimundo e acontece uma tragédia…
Já na segunda parte da história, encontramos o personagem na prisão. Começam a investigação e os interrogatórios ao caso; o julgamento e os depoimentos das testemunhas e Meursault vê o seu destino em jogo.
Toda esta parte da história é desconcertante e absurda, pois Meursault encontra-se sentado no banco dos réus, porque tinha matado um homem, mas não ia a ser condenado pela morte desse homem, mas sim por lhe ter morrido a mãe. Porquê?!
Para mim, esta frase define tudo: «Nas nossas sociedades, qualquer homem que não chorar no enterro da sua mãe arrisca-se a ser condenado à morte.»
O Estrangeiro, «que revelou e consagrou definitivamente Camus como um verdadeiro “clássico” da literatura contemporânea», foi o eleito!
O romance O Estrangeiro está dividido em duas partes e conta a história de um homem cuja a mãe morreu. É o personagem enlutado, Sr. Meursault, que nos conta a sua história.
«Hoje, a mãe morreu. Ou talvez ontem, não sei bem. Recebi um telegrama do asilo: «Sua mãe falecida. Enterro amanhã. Sentidos pêsames.» Isto não quer dizer nada. Talvez tenha sido ontem.»
Meursault pede dois dias ao patrão, que torce o nariz, e desloca-se ao asilo para tratar do enterro da mãe. Enterra-a, não chora e apanha o autocarro de regresso a casa.
No dia seguinte, compreende o porquê do patrão ter mostrado um ar aborrecido… Era sábado! Como tem o dia livre decide ir à praia. Uma vez lá, encontra Maria Cardona, uma mulher que ele «desejara em tempos» e juntos, entre risos e gargalhadas, desfrutam de um dia de praia. Mais tarde convida-lhe para irem ao cinema ver uma comédia de Fernandel e após a sessão terminam a noite na casa dele.
No domingo nada se passa e segunda-feira vai trabalhar. De regresso a casa encontra-se com o seu vizinho Raimundo Sintès. No bairro não gostam muito dele, mas Meursault não tem motivos para não lhe falar.
Os dias vão passando normalmente até que Meursault vai com Maria passar um fim-de-semana à casa de praia de um amigo de Raimundo e acontece uma tragédia…
Já na segunda parte da história, encontramos o personagem na prisão. Começam a investigação e os interrogatórios ao caso; o julgamento e os depoimentos das testemunhas e Meursault vê o seu destino em jogo.
Toda esta parte da história é desconcertante e absurda, pois Meursault encontra-se sentado no banco dos réus, porque tinha matado um homem, mas não ia a ser condenado pela morte desse homem, mas sim por lhe ter morrido a mãe. Porquê?!
Para mim, esta frase define tudo: «Nas nossas sociedades, qualquer homem que não chorar no enterro da sua mãe arrisca-se a ser condenado à morte.»
8 comentários:
Nunca li nada de Camus. Lembro-me de algumas colegas de liceu, que foram obrigadas a ler o livro "A Peste" em francês, odiarem o escritor e o livro (eu tinha alemão, daí ter escapado)! E parecendo que não, há más impressões que ficam... ;)
Em tendo um tempinho, ainda hei-de dar uma espreitadela!
Beijocas!
Gostei muito da tua opinião. Nunca li nada do autor, fiquei curiosa em relação a este livro.
Vou colocar na Wish list.
Abraço!
Olá, eu também já li "O Estrangeiro" e adorei, de facto Camus é um dos maiores escritores e pensadores do séc. XX, toda a sua escrita põe-nos a pensar sobre o significado da vida e do Homem.
É sempre uma óptima escolha para leitura.
Sobre Perez-Reverte para início aconselho-te a leitura de dois livros dele, "O Clube Dumas" e "O Pintor de Batalhas" e se gostares do género os vários da série "O Capitão Alatristre", ele é um excelente escritor, descobri-o por acaso e fiquei "louco" com a escrita dele, recomendo-o vivamente.
Fica bem
Este é simplesmente um dos meus autores e um dos seus livros preferidos. :)
"um dos meus livros preferidos".
gostei muito deste livro...ainda não li mais nada do autor, mas pela amostra acho que estou a falhar há algum tempo...
boa escolha :)
Tenho um Meursault em mim desde sempre.
Grande livro, de um grande escritor. E hoje, mais do que nunca, esta obra continua contemporânea.
Já tinha lido a tua crítica, há algum tempo. Aliás, a tua crítica foi uma das que me levou a comprar A Peste e experimentar o autor. :)
Obrigada! :)
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