sábado, 28 de março de 2009

fim de tarde

Almargem, Quarteira
«A noite mete-me medo, o dia também. Mas o que realmente me atemoriza são os fins de tarde porque ao fim da tarde tu nunca sabes bem para onde irá toda aquela luz. E quando olhas para o céu pensas: nesta cor está claro que este branco se vai dissipar num cinzento que se vai apagar num breu que eu nem quero saber. E as mudanças são tantas que basta passar-me uma nuvem por cima da cabeça ao meio-dia para temer já o fim do horário do expediente do sol. É como se todo o dia fosse uma antecipação de sombra, como se a aurora já trouxesse olheiras.»
«O tempo de quem chega ao fim da tarde», in luto lento, de João Negreiros

9 comentários:

Paula disse...

Muito bonita esta passagem

Teté disse...

Gostei muito desta citação, que tem algo de poética! :)

Jinhos!

musqueteira disse...

... é exactamente por isso que me deito pelas 20 horas e acordo às 5horas para começar a pintar. ver o nascer do dia é estar viva. novamente. detalhar o aclarear das cores.da luz à luz. sempre!

Ad astra disse...

azul, azul, azul.
é assim que ando...

blue kiss

Dalaila disse...

o joão escreve como um jogo, e nesses fins de tarde, manhã ou noites a escrita dele encanta

LopesCaBlog disse...

Bela foto acompanhada de belas palavras :)

Graciela Bello disse...

Un hermoso atardecer, bella foto y palabras lo describen muy bien.
Te cuento que mi blog cumple su primer año y que puedes pasar a comer tu porción de torta.
Un beso,
Graciela.

ruth ministro disse...

Bonito post :)

Um beijo grande para ti!

Filipe disse...

É de ficar sem palavras, não é?!:)

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