De Lobo Antunes apenas tinha lido algumas crónicas, até ao momento que chegou até mim O Arquipélago da Insónia. Obrigada, a ti.
Devo dizer que este livro não foi de fácil leitura. Houve até certas partes da história em que me senti mesmo perdida. E o facto de não conhecer a escrita do autor pode ter ajudado ou não na leitura!
“- Daqui a nada é manhã
e não será manhã nunca.”
O Arquipélago da Insónia é um livro que parece estar cheio de nada e no entanto conta-nos uma história. A história de três gerações de uma família que vive algures no Ribatejo, onde o rio desagua na Trafaria.
Temos o avô, que trata o filho por “Idiota”; a avó, que mata os coelhos com uma paulada no cachaço e logo a seguir afaga-lhes o pêlo; o filho, que provavelmente é mesmo um “Idiota”, pois é casado com uma ex-empregada da casa e deixa que o pai a possua e por fim temos os dois netos, sendo um deles autista e filho do ajudante de feitor. O Jaime, que diz não chamar-se Jaime.
Na história, encontramos ainda, o feitor; a prima Hortelinda, que já está morta e a Maria Adelaide, que é casada com o irmão do autista. Este por sua vez, nutre uma paixão por ela.
Nas duas primeiras partes da história, quem nos dá a conhecer a família é o autista. E talvez por isso a sensação de nos sentirmos perdidos na leitura.
Encontramos uma sucessão de histórias e acontecimentos em frases e palavras soltas e não encontramos um sentido. Tudo vai passando pela mente do personagem a grande velocidade e o leitor perde o norte.
Na terceira parte, a história da família é contada pelos outros personagens e o leitor dá por si a encontrar o sentido das coisas. Talvez até seja o encontrar da lucidez.
É "o arquipélago da insónia", onde cada um dos personagens são ilhas e que, apesar do seu elo de pertença, deambulam sozinhas. Caminham solitariamente, despertas pela noite e pela morte que estão sempre presentes.
Devo dizer que este livro não foi de fácil leitura. Houve até certas partes da história em que me senti mesmo perdida. E o facto de não conhecer a escrita do autor pode ter ajudado ou não na leitura!
“- Daqui a nada é manhã
e não será manhã nunca.”
O Arquipélago da Insónia é um livro que parece estar cheio de nada e no entanto conta-nos uma história. A história de três gerações de uma família que vive algures no Ribatejo, onde o rio desagua na Trafaria.
Temos o avô, que trata o filho por “Idiota”; a avó, que mata os coelhos com uma paulada no cachaço e logo a seguir afaga-lhes o pêlo; o filho, que provavelmente é mesmo um “Idiota”, pois é casado com uma ex-empregada da casa e deixa que o pai a possua e por fim temos os dois netos, sendo um deles autista e filho do ajudante de feitor. O Jaime, que diz não chamar-se Jaime.
Na história, encontramos ainda, o feitor; a prima Hortelinda, que já está morta e a Maria Adelaide, que é casada com o irmão do autista. Este por sua vez, nutre uma paixão por ela.
Nas duas primeiras partes da história, quem nos dá a conhecer a família é o autista. E talvez por isso a sensação de nos sentirmos perdidos na leitura.
Encontramos uma sucessão de histórias e acontecimentos em frases e palavras soltas e não encontramos um sentido. Tudo vai passando pela mente do personagem a grande velocidade e o leitor perde o norte.
Na terceira parte, a história da família é contada pelos outros personagens e o leitor dá por si a encontrar o sentido das coisas. Talvez até seja o encontrar da lucidez.
É "o arquipélago da insónia", onde cada um dos personagens são ilhas e que, apesar do seu elo de pertença, deambulam sozinhas. Caminham solitariamente, despertas pela noite e pela morte que estão sempre presentes.
7 comentários:
:)
ainda bem que gostaste...
beijinhos
há uns anos comprei um livro dele na Feira do Livro de Lisboa. não o consegui ler... ainda não. =)
Nunca li nada dele, nem penso ler tão depressa.
O meu marido andou a ler a "Exortação aos Crocodilos", no final não soube explicar sobre o que o livro tratava, e está longe de ser obtuso.
Mas que é que queres, gosto de perceber o que leio... :)
Beijocas!
Tenho de começar a ler Lobo Antunes :)
Tenho uma surpresa no meu blog para ti.
Continuação de boas leituras...
Sabes, nunca li nada dele...não sei porquê há certos autores portugueses que fico sempre de pé atrás...e muito provavelmente estou errada...mas não sei.
A tua descrição, no entanto, é extremamente apelativa! ;)
Beijinhos grandes.
Como tenciono ler a sua obra de acordo com a data de publicação... Acho que ainda vou demorar um pouco a pegar neste. Mas até lá, sempre com entusiasmo!
Acho que terei que voltar a tentar ler o livro :). Assim resumido parece interessante.
Boas leituras
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