terça-feira, 23 de outubro de 2007

ausências...


Encontros...
Silêncios...
Sonhos...
Retalhos...
Vazios...
Pensamentos...
Palavras...
Partidas...
Desencontros...
Ausências...
Silêncios...

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

uma Alma

Vista do Marvão
O que somos não pode ser transposto em palavras ou livros."
Fernando Pessoa

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Cartas a duas vozes

Já pensaste em enviar uma carta ou até mesmo um postal e poderes ser tu a escolher a imagem para os teus selos? Pois é... Os CTT, para assinalar o Dia Mundial dos Correios, lançam hoje o serviço “meuselo”.
E eu para marcar o dia de hoje, transcrevo algumas palavras de “quando não há cartas a entregar” do meu amigo carteiro. E é com estas palavras a duas vozes que vos deixo.

“quando não há cartas a entregar...
... deito-me e fico ao nível das ervas.
Observo-as como se os seus olhos estivessem em linha com os meus.
Conversamos, sem interromper o vento, as aves e os insectos.
E falamos das nossas viagens…”

carteiro, Selos difusos,#001, 28 de Maio de 2007

Quando não há cartas a receber...
Fico observando a rua deserta através da janela,
Esperando que o vento antecipe notícias,
Que hoje não chegarão até mim.

[…]

“quando não há cartas a entregar...
... sento-me. E fecho os olhos à espera do tempo.
Daquele que me fez viajar por sentimentos tão
nobres e belos que não seria preciso voltar a
fechar os olhos. Mas esse tempo viajou. E eu
espero-o, no seu regresso...”

carteiro, Selos difusos, #006, 18 de Setembro de 2007

Quando não há cartas a receber...
Fico ansiosa por notícias que tardam em chegar...
Observo a chuva miudinha a cair na varanda da minha janela...
Fecho os olhos e leio mentalmente as palavras da última carta...
E então sorrio.

“quando não há cartas a entregar...
... deito-me e adormeço, por vezes, a ler ou reler
cartas que outrora me foram entregues.
E enquanto que em Primaveras me recordo
do sabor de chuvas passadas,
nos Outonos sinto, entre o verde mais vivo,
o vermelho daquelas papoilas...”

carteiro, Selos difusos, #007, 5 de Outubro de 2007

Quando não há cartas a receber…
Olho o azul céu e observo os pássaros que voam dispersos
E notícias não me trazem.
Sento-me no jardim das minhas memórias
E escrevo outras palavras a entregar.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

"Sonho Meu, Sonho Meu"

Vila de Ponte de Lima
Sonho Meu, Sonho Meu
Sonho… Que não és meu.
Jardim… Que não és meu.

Sonho Meu, Sonho Meu
Jardim de petunias, relva e tagetes patula
Que, próximo das margens do rio Lima,
Revelas a tua deslumbrante magia.

Sonho Meu, Sonho Meu
Jardim de sonhos e fantasias
Que, esquecendo o real num outro mundo que não o teu,
Deixas o irreal ganhar formas de cores fortes.

Sonho Meu, Sonho Meu
Jardim de brincadeiras e tropelias
Que, coberto de pequenas pedras vermelhas,
Desvendas baloiços azuis em fortes oliveiras.

Sonho Meu, Sonho Meu
Jardim encantado que não conheci…
Não percorri… Não contemplei…
Não descobri… Não sonhei…

Sonho Meu, Sonho Meu
Em teu cascalho vermelho não caminhei…
Em teus baloiços azuis não baloicei…
Em teu rio de flores não mergulhei…
E em teu “barco de papel” não viajei…

Sonho Meu, Sonho Teu…


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Inspirado no Jardim Sonho Meu, Sonho Meu, de Miguel Peixoto.
Jardim que pode ser descoberto em Ponte de Lima até dia 30 de Outubro.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

No Dia Mundial da Música...

Parque da cidade de Évora" A minha ideia é que há música no ar, há música à nossa volta, o mundo está cheio de música e cada um tira para si simplesmente aquela de que precisa."

Edward Elgar

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