E eu para marcar o dia de hoje, transcrevo algumas palavras de “quando não há cartas a entregar” do meu amigo carteiro. E é com estas palavras a duas vozes que vos deixo.
“quando não há cartas a entregar...
... deito-me e fico ao nível das ervas.
Observo-as como se os seus olhos estivessem em linha com os meus.
Conversamos, sem interromper o vento, as aves e os insectos.
E falamos das nossas viagens…”
carteiro, Selos difusos,#001, 28 de Maio de 2007
Quando não há cartas a receber...
Fico observando a rua deserta através da janela,
Esperando que o vento antecipe notícias,
Que hoje não chegarão até mim.
[…]
“quando não há cartas a entregar...
... sento-me. E fecho os olhos à espera do tempo.
Daquele que me fez viajar por sentimentos tão
nobres e belos que não seria preciso voltar a
fechar os olhos. Mas esse tempo viajou. E eu
espero-o, no seu regresso...”
carteiro, Selos difusos, #006, 18 de Setembro de 2007
Quando não há cartas a receber...
Fico ansiosa por notícias que tardam em chegar...
Observo a chuva miudinha a cair na varanda da minha janela...
Fecho os olhos e leio mentalmente as palavras da última carta...
E então sorrio.
“quando não há cartas a entregar...
... deito-me e adormeço, por vezes, a ler ou reler
cartas que outrora me foram entregues.
E enquanto que em Primaveras me recordo
do sabor de chuvas passadas,
nos Outonos sinto, entre o verde mais vivo,
o vermelho daquelas papoilas...”
carteiro, Selos difusos, #007, 5 de Outubro de 2007
Quando não há cartas a receber…
Olho o azul céu e observo os pássaros que voam dispersos
E notícias não me trazem.
Sento-me no jardim das minhas memórias
E escrevo outras palavras a entregar.
... deito-me e fico ao nível das ervas.
Observo-as como se os seus olhos estivessem em linha com os meus.
Conversamos, sem interromper o vento, as aves e os insectos.
E falamos das nossas viagens…”
carteiro, Selos difusos,#001, 28 de Maio de 2007
Quando não há cartas a receber...
Fico observando a rua deserta através da janela,
Esperando que o vento antecipe notícias,
Que hoje não chegarão até mim.
[…]
“quando não há cartas a entregar...
... sento-me. E fecho os olhos à espera do tempo.
Daquele que me fez viajar por sentimentos tão
nobres e belos que não seria preciso voltar a
fechar os olhos. Mas esse tempo viajou. E eu
espero-o, no seu regresso...”
carteiro, Selos difusos, #006, 18 de Setembro de 2007
Quando não há cartas a receber...
Fico ansiosa por notícias que tardam em chegar...
Observo a chuva miudinha a cair na varanda da minha janela...
Fecho os olhos e leio mentalmente as palavras da última carta...
E então sorrio.
“quando não há cartas a entregar...
... deito-me e adormeço, por vezes, a ler ou reler
cartas que outrora me foram entregues.
E enquanto que em Primaveras me recordo
do sabor de chuvas passadas,
nos Outonos sinto, entre o verde mais vivo,
o vermelho daquelas papoilas...”
carteiro, Selos difusos, #007, 5 de Outubro de 2007
Quando não há cartas a receber…
Olho o azul céu e observo os pássaros que voam dispersos
E notícias não me trazem.
Sento-me no jardim das minhas memórias
E escrevo outras palavras a entregar.
12 comentários:
Só para mandar um olá e dar os parabéns pela paixão poética.
Bem, só mesmo tu para me deixar assim, sem palavras. Há dias que me ponho a pensar nas possíveis efemérides mas acabo por me esquecer sempre das importantes, tal como sucedeu no dia da música. E hoje aconteceu o mesmo, claro. Sempre com a cabeça no ar...
E então é um privilégio neste dia ter aqui as minhas palavras junto das tuas. A duas vozes, tudo se transforma e acaba por fazer muito mais sentido.
A fotografia está impecável!!! :)
Um abraço, um selo e um bom dia.
Bela homenagem dupla! ;)
Por acaso, foi a primeira notícia que li hoje ao ligar o computador! E achei deveras interessante. Ainda não fui experimentar o "meuselo" mas mais logo lá irei espreitar...então eu!! Uma devota e assídua "escritora" de cartas à antiga! Ter um selo personalizado era demais! Já o vou fazendo com páginas de revistas em forma de envelope...agora o sêlo! : )
Pois é, hoje não fui só eu a deixar miminhos na Teia. Uma justa e bela referência ao carteiro!
Beijinhos grandes!
O CARTEIRO MERECE.
Bem "pintado" o teu post.
Bonito espaço o teu.
Aqui tornarei.
A foto está fabulosa...
Tal como os marcos dos correios...
Adorei! A homenagem, a escrita a duas mãos, a efeméride ao Dia Mundial dos Correios, mas, sobretudo, a singeleza das palavras e dos sentimentos de quem leva e de quem espera notícias de longe...
Parabéns aos dois!
Jinhos
Meninos e meninas:
Envio-vos beijinhos e abraços, pois hoje não tenho muitas palavras. Desculpem-me...
Estás desculpada, claro :)
Quantas vezes, durante as cartas, nos podemos sentir sem palavras?
Ainda assim, num outro dia, haverá sempre cartas a entregar, e a receber.
Deixo-te também um abraço e um beijinho.
Desculpadíssima... : ) Quem me dera andar assim a mil. Era bom sinal!
Como já informei o carteiro...já estive a ver isso dos selos personalizados. No mínimo fica uma folha de 25 selos perto de 20€, cada selo com a imagem repetida outras 24 x do que quiseres: o teu cão, a tua amiga, tu, uma paisagem...whatever...a pensar!
Boa noite e beijinhos.
Carteiro: Estou desculpada? Ufa! Por momentos pensei que esta falha poderia ir preencher uma certa lista... :)
Su: Ehehe
Sim também já estive por lá a cuscar e parece-me uma cena interessante, mas por enquanto ainda não vou aderir...
Este post está magnífico :)
Beijinhos
carteiros.cartas...
pUra MaGia...........!
:)
Enviar um comentário