Depois da grande estreia no Teatro da Trindade, em Lisboa, a peça À Espera de Godot, pela ACTA - A Companhia de Teatro do Algarve, subiu ontem ao palco do Teatro Lethes, em Faro.
Com texto de Samuel Beckett (prémio Nobel da Literatura em 1969), «a peça coloca-nos perante uma feição tragicómica da realidade humana.» O encenador Luís Vicente, refere que «Fazemos este texto para falarmos das nefastas consequências que tiveram, e continuam a ter, nas nossas vidas, as práticas violentas, imorais, terroristas e oportunistas de certas instituições financeiras.»
Estragon (Pedro Lima) e Vladimir (Pedro Laginha) são os dois anti-heróis à espera de Godot. Perderam tudo. "Nada a fazer", diz Estragon. "Começo a ter a mesma opinião", responde Vladimir. Os dois homens vestidos de preto esperam por Godot, que nunca chega. E o que se espera enquanto se espera? Por vezes, desespera-se.
Enquanto esperam por Godot, entram em cena Pozzo (Luís Vicente) e Lucky (René Barbosa), este último é escravo do primeiro. O opressor e o oprimido. Ao oprimido é-lhe dada a oportunidade de falar, mas quando começa a falar, não consegue exprimir-se. Tem um discurso incompreensível. Entretanto, chega um rapaz (Tânia da Silva) para anunciar que Godot não vem. O tempo passa. E nada muda. A eterna espera. O desespero.
No palco, como nos nossos dias, espera-se. Espera-se por algo ou por alguém que nunca há de chegar. E por vezes, a espera transforma-se em desespero. Parece que nada mais temos feito, então, do que esperar por Godot...
Um texto dramático, terrivelmente atual! Gostei imenso e só posso recomendar.
Com texto de Samuel Beckett (prémio Nobel da Literatura em 1969), «a peça coloca-nos perante uma feição tragicómica da realidade humana.» O encenador Luís Vicente, refere que «Fazemos este texto para falarmos das nefastas consequências que tiveram, e continuam a ter, nas nossas vidas, as práticas violentas, imorais, terroristas e oportunistas de certas instituições financeiras.»
Estragon (Pedro Lima) e Vladimir (Pedro Laginha) são os dois anti-heróis à espera de Godot. Perderam tudo. "Nada a fazer", diz Estragon. "Começo a ter a mesma opinião", responde Vladimir. Os dois homens vestidos de preto esperam por Godot, que nunca chega. E o que se espera enquanto se espera? Por vezes, desespera-se.
Enquanto esperam por Godot, entram em cena Pozzo (Luís Vicente) e Lucky (René Barbosa), este último é escravo do primeiro. O opressor e o oprimido. Ao oprimido é-lhe dada a oportunidade de falar, mas quando começa a falar, não consegue exprimir-se. Tem um discurso incompreensível. Entretanto, chega um rapaz (Tânia da Silva) para anunciar que Godot não vem. O tempo passa. E nada muda. A eterna espera. O desespero.
No palco, como nos nossos dias, espera-se. Espera-se por algo ou por alguém que nunca há de chegar. E por vezes, a espera transforma-se em desespero. Parece que nada mais temos feito, então, do que esperar por Godot...
Um texto dramático, terrivelmente atual! Gostei imenso e só posso recomendar.
Em cena:
Faro: 9, 15, 16 (21h30), 10 e 17 de maio (16h00);
Portimão: 22 e 23 de maio, às 21h30.
Loulé: 6 de junho, às 21h30.
5 comentários:
Sim, uma espera que desespera. Tal como a espera por D.Sebastião.
Abraço
Olinda
Conheço a peça, mas nunca a vi em palco. E tenho saudades de ir ao teatro, onde já não vou há bué... ;)
Beijocas
Sim, sim, também pode ser visto como a eterna espera por, D. Sebastião, Olinda Melo! ;)
Esta valeu bastante a pena, Teté!
Com tanta oferta que há aí, realmente é imperdoável que passes tanto tempo sem colocar os pés numa sala. ;)
Pronto, convenceste-me a ler a peça- Gostei :)
Fico contente em saber disso, Manuel!
Acredito que em livro não deve ser tão hilariante como ver em representação. ;)
Boas leituras!
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