quinta-feira, 9 de agosto de 2012

"Eu sou o deserto"

Le Chevalier au Grand Coeur, Hippolyte, França

«Todos os desertos são iguais, porque quando estamos acompanhados, podemos estar acompanhados de mil maneiras diferentes. Depende de quem está à nossa volta, ou daquilo que nos cerca. Mas a solidão é só uma, é sempre a mesma. Por isso, eu sou todos os desertos em toda a sua vastidão, pois a minha solidão é a solidão de todas as pessoas, de todos os seres vivos, de todas as pedras, de todas as perdas.»
A morte não ouve o pianista, Afonso Cruz

7 comentários:

Teté disse...

Gostei muito da citação e da sua sintonia com a belíssima imagem... :)

Beijocas!

Isabel disse...

Nunca li nada deste autor.
Gostei deste bocadinho.

Há tempos ainda procurei um livro dele bastante falado "A boneca de K...(não tenho a certeza como se escreve o nome do pintor, não escrevo...)", mas não havia e acabei por esquecer...

Rogério G.V. Pereira disse...

Cada um tem seu próprio deserto, e a sua própria solidão e reage de formas diferentes a esse ter e a esse estar. Julgo que o mais forte é aquele que aproveita a solidão para se encontrar consigo próprio.

Discordo profundamente do Afonso. Asseguro que no dia em que um só ser possua a solidão de todos nós, a solidão não existirá mais... e há algo de místico nisso. Se Deus existisse, teria esse poder.

susemad disse...

Obrigada, Teté! ;)
Beijoquinhas


Experimenta ler "Os livros que devoraram o meu pai" (http://tonsdeazul.blogspot.pt/2010/03/um-homem-e-feito-de-historias.html), Isabel! Mas também já ouvi falar bem desse que referes, "A Boneca de Kokoschka".
Esta citação pertence a um pequeníssimo livro (15 pp) que acompanha o mais recente livro do autor, "Jesus Cristo bebia cerveja"


Olá Rogério Pereira,
Pode ser entendido como "nós sermos um deserto", mas também não creio que sejamos a solidão de todas as pessoas. Carregamos sim a nossa própria solidão, que é comum a todos nós. E neste caminho que fazemos se conseguirmos nos encontrar nela, então ainda melhor!
No caso da obra é mesmo o deserto, deserto que está a confidenciar connosco. Este pequeno livro é um western, em que o deserto fala-nos de um pistoleiro muito famoso, Harold Estefania. ;)

Isabel disse...

Encontrei esse post para o qual me remetes e fiquei curiosa. Parece um livro interessante. Mas agora vou mesmo fazer um esforço para não comprar tantos livros. É uma coisa quase compulsiva. Não resisto. Tenho evitado entrar nas livrarias.

Apercebi-me que tens o teu blogue já há uns bons anitos. Parece-me que nunca me tinha apercebido. Tanto quanto me lembro é mesmo aquele, dos que visito regularmente, que tem mais anos.
Gostava de daqui por uns anos continuar também assim com o meu e com algum entusiasmo. O blogue trouxe-me coisas boas. Alguns bons amigos, que já conheço pessoalmente e tenho aprendido muito. Claro que vou seleccionando aqueles que para mim valem a pena. Só conheço este mundo dos blogues vai para três anos e tenho o meu há pouco mais de um ano.
Parabéns por conseguires manter o teu tanto tempo e pelo que conheço, com qualidade.

Bom resto de domingo

susemad disse...

Pois como eu te compreendo, Isabel! Não é fácil resistir à compra de livros, quando se é um viciado!

Obrigada pelas palavras. Não é fácil manter um blogue, mas se contianuares a sentir a mesma alegria e disposição então há que continuar. ;) Acima de tudo temos de nos identificarmos com o nosso espaço. :)
Beijinhos

MJ FALCÃO disse...

OLá! Tão bonito, "tons de azul"!

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