«Filho de Marte, vagabundo de florestas, catalisador de medos e paixões, personagem mitológica e de histórias de terror, estava ali sem movimento no interior de um branco imaculado, superfície demarcada por quatro traços de lápis cinzento no interior de uma folha de papel.
Os olhos amarelos sobressaíram na cor branca ao redor. Primeiro num traço imperceptível, depois ficando da forma da lua cheia, quando o animal acordou. Sim, ele acordou. Ouviste bem. Afinal estamos a falar do lobo e das lendas que o acompanham. Então mesmo na folha de papel, ele acordou sim senhor, e não se fala mais nisso.»