«Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há ideias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.»
«Não basta abrir a janela», in Alberto Caeiro, poemas escolhidos
5 comentários:
Bom dia miúda!
Bom ano cheio de coisas boas!
Um amigo
Gabriel
PS:adoro o teu sorriso
Quem é que disse que "há mais coisas no céu e na terra do que em toda a filosofia"? Shakespeare?
A ideia é idêntica e concordo com ela inteiramente! :)
Beijinhos!
abro a janela e encontro o meu colega pastor, caeiro...
todo o mundo lá fora...
tal como o meu e as estorias da serra
abrazo serrano y europeo
E para apreciar este poema, é precio não pensar em apreciá-lo, mas sim em apreciá-lo apenas :)
Boa semana!
Vir parar a um blogue com um cão lindíssimo a espreitar e este "Não basta abrir a janela", é meio caminho andado para me conquistar.
Parabéns pela escolha! Vou continuar a minha odisseia por este canto azul
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