John Steinbeck já me tinha agradado no livro A Pérola e agora voltou a prender-me a atenção com As Vinhas da Ira.
Em As Vinhas da Ira, Steinbeck conta-nos, em 543 páginas, a história da família Joad. Primeiro ficamos a conhecer o Tom Joad, que regressa a casa após ter estado preso. Depois Tom, na companhia do reverendo Jim Casy, leva-nos até à casa do tio John e aí ficamos a conhecer os restantes membros: os avôs, o velho Tom Joad e a mãe e os irmãos Noah, Al, Rosasharn, Ruthie e Winfield.
Tom encontra a sua família de partida para a Califórnia, pois foram expulsos das suas terras em Oklahoma e preparam-se para iniciar uma longa viagem à procura de terra para trabalhar e viver.
Na bagagem do camião levam o essencial. Para trás, cada um deles deixa uma vida cheia. Partem com a certeza que na Califórnia vão encontrar o que já não têm ali, em Oklahoma, mas os dias irão mostrar-lhes que a realidade é bem diferente dos sonhos.
Em As Vinhas da Ira, Steinbeck conta-nos, em 543 páginas, a história da família Joad. Primeiro ficamos a conhecer o Tom Joad, que regressa a casa após ter estado preso. Depois Tom, na companhia do reverendo Jim Casy, leva-nos até à casa do tio John e aí ficamos a conhecer os restantes membros: os avôs, o velho Tom Joad e a mãe e os irmãos Noah, Al, Rosasharn, Ruthie e Winfield.
Tom encontra a sua família de partida para a Califórnia, pois foram expulsos das suas terras em Oklahoma e preparam-se para iniciar uma longa viagem à procura de terra para trabalhar e viver.
Na bagagem do camião levam o essencial. Para trás, cada um deles deixa uma vida cheia. Partem com a certeza que na Califórnia vão encontrar o que já não têm ali, em Oklahoma, mas os dias irão mostrar-lhes que a realidade é bem diferente dos sonhos.
«Somos apenas a raiva que sentimos quando nos expulsaram das nossas terras, quando o tractor derrubou as nossas casas. E assim seremos até à morte. Para a Califórnia ou para outra região qualquer – cada um de nós é um tambor a dirigir uma carga de amarguras, caminhando com a nossa desgraça.»
Steinbeck intercala a história dos Joads, com pequenos capítulos. Estes retratam a situação social da época na América. Com o êxodo rural, famílias inteiras vêem-se obrigadas a partir em busca de trabalho. E uma vez chegadas a outras regiões, vivem em acampamentos e deparam-se com a escassez ou a ausência do trabalho que tanto procuram.
«E nos acampamentos, a novidade corria em sussurro; em Shafter há trabalho. Então, de noite carregavam os carros e as estradas enchiam-se: era uma corrida para o trabalho, que se assemelhava à febre com que se corre para os terrenos auríferos. As pessoas chegavam aos magotes a Shafter; eram cinco vezes mais do que as necessárias. Era a corrida do ouro, mas para o trabalho. E, ao longo das estradas, estendia-se a tentação, as terras que garantiam a comida.»
A viagem dos Joads também não será fácil e a mãe irá tentar manter sempre a família unida, mas por força das circunstâncias não irá conseguir...
Treze pessoas partem num camião em busca de uma terra para trabalhar e para viver, mas ao longo do percurso alguns dos Joads vão ficando pelo caminho, ora porque não aguentam os desgostos, ora porque o destino assim o quis, e no fim, juntos, ficam apenas cinco.
Uma história de luta e de sonhos desfeitos.
3 comentários:
Nunca li, embora tenha visto o filme há muitos anos, com o Henry Fonda.
De Steinbeck li "A um Deus desconhecido" que na altura ma agradou bastante.
Se tiver oportunidade (não será nos tempos mais próximos) ainda o leio... :)
Beijinhos!
Ora, eu nunca li "As Vinhas da Ira" nem "A Pérola".
Li o "Ratos e Homens" e posso dizer que é é dos poucos livros que reli mais duas vezes.
É uma obra, ao que me parece, com semelhanças a outras obras de Steinbeck. Não tem, no entanto, a grandeza épica d'As Vinhas. É mais próximo do conto, pelo número de personagens muito inferior, pela existência de menos espaços físicos, etc.
Mas representa, do mesmo modo, a ilusão e ficção do "sonho americano". Nada de finais cor-de-rosa, portanto.
Beijinhos e boa semana.
Olá!
Eu li este livro, tinha catorze anos. Lembro-me de ficar completamente aturdida (para o lado positivo). Talvez esteja na altura de o ler outra vez. Já passaram sete anos e há coisas que só com o amadurecimento para aa apreciarmos devidamente.
Bjinhos*
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