terça-feira, 28 de outubro de 2008

Sputnik = Companheiro de viagem

Sputnik, Meu Amor de Haruki Murakami"Aquela mulher amava Sumire, mas não sentia por ela desejo desejo sexual. Sumire amava aquela mulher e, mais, desejava-a. Eu amava Sumire e desejava-a. Sumire gostava de mim, mas não me amava nem tão pouco sentia desejo sexual por mim."

Sputnik, Meu Amor, de Haruki Murakami podia resumir-se às linhas acima citadas. No entanto, a sua história conta-nos muito mais que isso. Fala-nos de livros, de música clássica, de solidão, de viagens, de sonhos e de realidades.
O engraçado é que o livro que li antes deste foi O Processo, de Kafka. Quem já o leu sabe que o personagem principal chama-se K. Pois neste, também existe um K, que é o narrador da história. Não sei se já vos aconteceu depararem-se com coincidências destas, mas a mim acontece-me frequentemente.
Dividi esta história de agradável leitura em duas partes. Na primeira, K dá-nos a conhecer Sumire e o quanto ela desejava ser escritora.
Na segunda parte, Sumire parte numa viagem com Miu e desaparece. K é finalmente dado a conhecer através dos escritos de Sumire, que ele nos narra. Estes dois documentos convidam o leitor à introspecção e ao questionamento.
A escrita de Haruki Murakami surpreendeu-me, por isso espero voltar a lê-lo. "Viram alguma vez alguém levar um tiro e não deitar sangue?"

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

O Poeta e o Sonho

Ponte de Lima: Jardim Romano
"Durmo. Se sonho, ao despertar não sei
Que coisas eu sonhei.
Durmo. Se durmo sem sonhar, desperto
Para um espaço aberto
que não conheço, pois que despertei
Para o que inda não sei.
Melhor é nem sonhar nem não sonhar
E nunca despertar."
Fernando Pessoa, Poesias, 1933

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Roma

Fontana de Trevi
Roma. Uma cidade monumental. É assim que a defino. Tudo em Roma é colossal. As ruas revelam anos e anos de história. Caminhar por elas é caminhar de rosto esticado para cima até doer o pescoço. É surpreender-se em cada esquina e em cada praça. É carregar no botão da máquina fotográfica sem cessar para mais tarde recordar. É reconhecer quase toda a cidade, sem nunca lá ter estado antes.
Roma. Uma cidade também desmesuradamente turística e suja. Com arredores feios e ainda mais sujos. Em que se conta pelos dedos os que primam pela simpatia e pela boa disposição.

Pinturas populares (últimos 30 dias)