Não tenho falado de livros... A verdade é que não tenho escrito sobre nada… Nem de livros, nem de coisa nenhuma! Os dias têm estado azulados para estes lados do sul e os mergulhos no mar (confesso que gosto ficar de molho como o bacalhau) têm sido mais frequentes do que a vontade de escrever. Têm sido quase como um prolongamento das férias.
Até tenho-me dedicado imenso aos livros, mas mais na vertente da leitura. Aliás acho que nunca tinha lido tanto num curto espaço de tempo! Treze livros em três semanas. Rabisquei em quase todos eles. Sim, porque eu tenho o hábito de rabiscar nos livros. Ainda não vos tinha dito? Talvez seja tique ou apenas uma forma de deixar a minha presença neles…
Não sei se falarei de todos eles por aqui, mas sei que hoje vou escrever sobre um: Paula.
“Sou o vazio, sou tudo o que existe, estou em cada folha do bosque, em cada gota do orvalho, em cada partícula de cinza que a água arrasta, sou a Paula e também sou eu própria, sou nada e tudo o resto nesta vida e noutras vidas, imortal.”
Isabel Allende é a autora do livro. Considero-o como um diário, uma vez que a autora escreveu sobre a sua filha Paula, uma jovem de 28 anos que adoece e entra em coma. Durante o coma, Isabel Allende decide escrever à sua filha, pois acredita que ela irá acordar e como ela diz, “quando despertares não te sentirás tão perdida”. Contudo, a morte de Paula é um facto e o leitor quando parte para a leitura da história, da família Allende, já o sabe. Por isso, Paula é um livro carregado de dor, mas também de libertação. A libertação de uma mãe que encontra nas palavras que escreve uma terapia ou talvez um exorcismo salvador, que de outro modo seria insuportável.
Ao ler as suas palavras foi como se o sofrimento da família Allende estivesse a entranhar-se em todos os meus poros. Houve momentos em que tive mesmo de parar durante largas horas para recuperar forças, pois é mesmo um relato cru que envolve e comove. Boas leituras!
Não sei se falarei de todos eles por aqui, mas sei que hoje vou escrever sobre um: Paula.
“Sou o vazio, sou tudo o que existe, estou em cada folha do bosque, em cada gota do orvalho, em cada partícula de cinza que a água arrasta, sou a Paula e também sou eu própria, sou nada e tudo o resto nesta vida e noutras vidas, imortal.”
Isabel Allende é a autora do livro. Considero-o como um diário, uma vez que a autora escreveu sobre a sua filha Paula, uma jovem de 28 anos que adoece e entra em coma. Durante o coma, Isabel Allende decide escrever à sua filha, pois acredita que ela irá acordar e como ela diz, “quando despertares não te sentirás tão perdida”. Contudo, a morte de Paula é um facto e o leitor quando parte para a leitura da história, da família Allende, já o sabe. Por isso, Paula é um livro carregado de dor, mas também de libertação. A libertação de uma mãe que encontra nas palavras que escreve uma terapia ou talvez um exorcismo salvador, que de outro modo seria insuportável.
Ao ler as suas palavras foi como se o sofrimento da família Allende estivesse a entranhar-se em todos os meus poros. Houve momentos em que tive mesmo de parar durante largas horas para recuperar forças, pois é mesmo um relato cru que envolve e comove. Boas leituras!