«Quando fores velha, grisalha, vencida pelo sono,
Dormitando junto à lareira, toma este livro,
Lê-o devagar, e sonha com o doce olhar
Que outrora tiveram teus olhos, e com as suas sombras profundas;
Muitos amaram os momentos de teu alegre encanto,
Muitos amaram essa beleza com falso ou sincero amor,
Mas apenas um homem amou tua alma peregrina,
E amou as mágoas do teu rosto que mudava;
Inclinada sobre o ferro incandescente,
Murmura, com alguma tristeza, como o Amor te abandonou
E em largos passos galgou as montanhas
Escondendo o rosto numa imensidão de estrelas.»
Quando fores velha, W. B. Yeats
(Tradução de José Agostinho Baptista)
Dia Mundial da Poesia
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4 comentários:
Lindíssimo.
O poema e a imagem escolhida,carregada de nostalgia.
Isabel
Adorei!
Será que só se recorda uma amor quando se chega a velha, grisalha e cansada? A avaliar pelos constantes casamentos, separações, juntar de trapos, divórcios etc. e tal, temo que alguns tenham de recorrer às suas agendas, porque a memória nessas alturas também já não está no seu melhor... :)
Mas gostei do poema, nitidamente retratando outra época!
Beijinhos!
Lindo! Adorei. ***
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