
Vergílio Ferreira, Pensar
As palavras, ainda não esquecidas e sempre lembradas,
batem à porta dos pensamentos perdidos e das lágrimas abafadas,
na escuridão branca da solidão.
Nos olhares, nas mãos, nos corpos…
As tempestades ausentes, não apagam e nem esquecem,
os sentimentos que caminham no gélido silêncio insensível.
Vida incerta talvez...
Destinos incompletos que caminham por entre águas turvas e revoltas,
que guardam a nostalgia de sorrisos, de toques, de cumplicidades...
Nos verdes vales, TU, coração, te foste esconder.
Os ventos já não trazem notícias por entre uma folha e outra.
E as chuvas ainda choram no nevoeiro,
No vazio, na noite, no silêncio...