quarta-feira, 14 de outubro de 2015

3| Lugares que inspiram a leitura

Praça da Alfândega em Porto Alegre, Brasil

Meu querido amigo Mario Quintana quero ler-lhe estas palavras:

Por muito tempo achei que a ausência é falta. 
E lastimava, ignorante, a falta. 
Hoje não a lastimo. 
Não há falta na ausência. 
A ausência é um estar em mim. 
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, 
que rio e danço e invento exclamações alegres, 
porque a ausência, essa ausência assimilada, 
ninguém a rouba mais de mim. 
in O Corpo, Carlos Drummond de Andrade

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