domingo, 29 de janeiro de 2012
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Trilho de Sortelha
Percurso: Pedestre
Localização: Sortelha, Sabugal
Distância aproximada: 2 km
Duração aproximada: 1 hora
Grau de dificuldade: Médio
Localização: Sortelha, Sabugal
Distância aproximada: 2 km
Duração aproximada: 1 hora
Grau de dificuldade: Médio
Se descrevi Marialva como lindíssima, então não tenho palavras para descrever Sortelha! À medida que ia avançando no mapa, nestas minhas caminhadas pelas aldeias dos distritos da Guarda e Castelo Branco, mais me deslumbrava pela simplicidade da beleza paisagística. Sortelha pertence ao concelho de Sabugal e para lá chegarmos é preciso conquistar um monte. O imponente castelo de Sortelha mete respeito a quem o avista e ao transpormos a Porta da Vila somos recebidos pelo Largo do Corro, que nos presenteia com uma magnífica fotografia de ruas e casas em pedra.
O percurso inicia-se no Largo do Corro, onde se encontra a casa dos falcões e a casa setecentista. Daqui sobe-se pela Rua da Fonte para descobrir mais maravilhas, como uma janela manuelina e a casa das almas. Já na zona do pelourinho, temos acesso ao castelo, à torre e a um passeio pelas muralhas, onde podemos ter um outro olhar sobre a aldeia e as redondezas. Ao descermos as muralhas novamente na direção do pelourinho, é obrigatório espreitar a paisagem pela porta da traição. Uma vez aqui, há que aproveitar e descansar as pernas, antes de continuar a caminhada.
O percurso inicia-se no Largo do Corro, onde se encontra a casa dos falcões e a casa setecentista. Daqui sobe-se pela Rua da Fonte para descobrir mais maravilhas, como uma janela manuelina e a casa das almas. Já na zona do pelourinho, temos acesso ao castelo, à torre e a um passeio pelas muralhas, onde podemos ter um outro olhar sobre a aldeia e as redondezas. Ao descermos as muralhas novamente na direção do pelourinho, é obrigatório espreitar a paisagem pela porta da traição. Uma vez aqui, há que aproveitar e descansar as pernas, antes de continuar a caminhada.
Muito embora tenhamos assinalado este percurso com um tempo de duração de uma hora, consideramos que esta aldeia merece uma caminhada mais pausada e contemplativa. Daí que na realidade este passeio teve a duração do dobro do tempo, sendo até difícil deixá-la longe do olhar.
Próxima paragem: Piodão
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
«O ramo roubado»
«De noite iremos
roubar
um ramo florido.
Saltaremos o muro,
nas trevas do jardim alheio,
duas sombras na sombra.
Ainda não passou o inverno,
e a macieira aparece
subitamente transformada
em cascata de perfumadas estrelas.
De noite saltaremos
até ao seu trémulo firmamento,
e as tuas pequenas mãos e as minhas
roubarão as estrelas.
E em segredo,
na nossa casa,
na noite e na sombra,
entrará com os teus passos
o silencioso passo do perfume
e com pés siderais
o corpo claro da primavera.»
roubar
um ramo florido.
Saltaremos o muro,
nas trevas do jardim alheio,
duas sombras na sombra.
Ainda não passou o inverno,
e a macieira aparece
subitamente transformada
em cascata de perfumadas estrelas.
De noite saltaremos
até ao seu trémulo firmamento,
e as tuas pequenas mãos e as minhas
roubarão as estrelas.
E em segredo,
na nossa casa,
na noite e na sombra,
entrará com os teus passos
o silencioso passo do perfume
e com pés siderais
o corpo claro da primavera.»
in Poemas de Amor de Pablo Neruda
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
"literatura de viagens"
A Viagem dos Inocentes de Mark Twain acompanhou-me durante largos meses no ano de 2011 e agora finalmente dei por terminada a sua leitura. E este “finalmente” não é um sinal de alívio; foram 684 páginas de boa literatura. Mark Twain é magistral nas suas descrições exatas e sem rodeios, e tem sempre presente o seu cruel sentido de humor.
«Quando penso como fui enganado pelos livros de viagens sobre o Oriente, só me apetece comer um turista ao pequeno-almoço.» Esta citação podia muito bem ser o mote de toda a obra. O autor não poupa nada, nem ninguém. Os passageiros que embarcaram juntamente com ele em novembro de 1867, no Quaker City para a grande excursão à Europa e à Terra Santa, os destinos visitados e as gentes locais e os escritores de guias de viagens são alvo do sarcasmo indolente de Twain. Politicamente incorreto e doa a quem doer, Twain relata o que vê tal e qual como é, sem floreados - e nem ele próprio escapa à caricatura!
Nesta viagem ao Velho Mundo, os americanos “inocentes” deixam a sua casa, o seu porto em Nova Iorque para se aventurarem por terras desconhecidas, mas que sempre conheceram por ouvir contar. Só que ao que parece, as maravilhas e a sabedoria do Velho Mundo, quando confrontadas com a realidade, encontram-se deformadas e bastante vandalizadas.
«As pessoas daqueles países estrangeiros são muito, muito ignorantes. […] Em Paris, esbugalhavam muito simplesmente os olhos, embasbacados quando falávamos com eles em francês! Nunca conseguimos que aqueles idiotas nos percebessem na sua própria língua. […] «Allong, reste tranquile… may be ve cum Moonday» e, podem não acreditar, mas aquele empregado, nascido e criado em França, teve de perguntar o que queria[m] dizer-lhe.»
É este o olhar soberano dos americanos para com o Velho Mundo, sendo que o autor termina esta inocente viagem deixando à deriva o sentimento de regresso, pois «A viagem é um grande antídoto contra os preconceitos, o atavismo, a estreiteza de mentes, e alguns dos nossos passageiros precisam desesperadamente disso. Uma perspectiva alargada, saudável e compreensiva dos homens e das coisas não se adquire se vegetarmos toda a vida num cantinho da Terra.»
sábado, 14 de janeiro de 2012
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
filosofar filosofias
Glendalough em Wiclow, Irlanda
«O meu irmão faz notar [...] que eu interpretei erradamente a frase de Montaigne: «Philosopher, c'est apprendre à mourir.» O que Cícero queria dizer não era que pensar regularmente na morte nos faz receá-la menos, mas sim que o filósofo, quando filosofa, se treina para a morte - no sentido em que gasta tempo com o espírito e ignora o corpo que a morte extinguirá.»
Nada a Temer, Julian Barnes
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Confidências na adolescência
Praia do Baleal, Peniche
Aos quinze anos conheci um rapaz simples. Simples nos gestos e simples nas palavras. Ficámos amigos naquele mesmo instante. Tornámo-nos confidentes de praia, pois contemplávamos o mesmo mar. Ele esperava pelas ondas todas as manhãs e todos os fins de tarde. E eu enquanto o observava a deslizar sob a brancura daquelas ondas, esquecia-me de mim.
Um dia olhou a imensidão do mar e, quando o seu olhar alcançou a linha do horizonte que toca o Céu, disse-me no seu tom mais sério:
- Sabes… Eu não deixarei a velhice entrar no meu corpo. As minhas mãos não chegarão a sentir as suas rugas. A Morte chegará antes até mim.
E naquele fugaz momento o silêncio chegou e entrou em nós.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Trilho de Marialva
Percurso: Pedestre
Localização: Marialva, Mêda
Distância aproximada: 2 km
Duração aproximada: 1 hora
Grau de dificuldade: Baixo
Marialva é lindíssima! Esta aldeia histórica situa-se a poucos minutos da cidade de Mêda. Assim que nos aproximamos temos uma vista panorâmica sobre a aldeia, que no silêncio do dia aguarda por quem a visita.
O castelo, o pelourinho e a igreja são alguns dos pontos de passagem neste percurso pedestre.
O castelo, o pelourinho e a igreja são alguns dos pontos de passagem neste percurso pedestre.
O percurso pode-se iniciar no chamado Largo do Negrilho e daí caminhar ao sabor da vontade. Como os castelos são a minha perdição foi nessa direção que os meus pés se dirigiram. Esta pode ser a parte mais delicada, pois a subida até ele é ligeiramente inclinada. Lá de cima tudo se vê, a aldeia, o vale da Ribeira de Marialva e também a chegada do pôr do sol.
Como o dia já estava a chegar ao seu fim, percorremos a muralha do castelo a passos largos, mas seguros. Descemos dali até à igreja e pelas ruas estreitas de Marialva demos por terminada esta nossa caminhada.
Como o dia já estava a chegar ao seu fim, percorremos a muralha do castelo a passos largos, mas seguros. Descemos dali até à igreja e pelas ruas estreitas de Marialva demos por terminada esta nossa caminhada.
Próxima paragem: Sortelha
quinta-feira, 5 de janeiro de 2012
"viagens ao sabor da vontade"
«Sempre entendi a ideia de viajar como inimiga do princípio da excursão. Quando abandono o conforto da minha casa é para escolher a estrada menos frequentada, mesmo que corra riscos, porque sei que isso vai fazer toda a diferença. Deixa-me espaço para a descoberta, para o improviso, para ver para além do óbvio, para ser uma turista do dia-a-dia.»
Viagens Contadas de Maria João Ruela foi um dos quatro livros que recebi este Natal. Apesar de não ser grande apreciadora deste género de livros sobre viagens, este chamava-me das prateleiras sempre que entrava numa livraria ou visitava uma feira do livro. Simpatizo com a jornalista, a fotografia da capa é cativante e a sinopse revela um estilo de viagem que tem tudo a ver comigo. São tudo pontos a ter em conta, mas o que me levava mesmo a querer lê-lo era o facto da autora escrever sobre um dos meus destinos de sonho, Patagónia. Assim, estas Viagens Contadas chegaram até mim inesperadamente uns dias após a noite mágica.
Mas passemos ao que interessa. Maria João Ruela descreve num tom despretensioso algumas das suas viagens pelo mundo. Chile e Argentina, Nepal, Marrocos, Noruega, França e Espanha, Ucrânia, São Petersburgo e Gdansk são os destinos que encontramos nesta obra.
Algumas viagens foram escolhidas como destino de férias a dois, outras foram realizadas com um grupo de amigos ou em situação de trabalho e outras, as menos desejadas, exigiram a obrigação de um guia.
O espírito aventureiro, o gosto pelo incerto e imperfeito e a constante curiosidade jornalística levam-lhe a percorrer destinos de carro pela Patagónia e Terra do Fogo, ou em trekking pelos trilhos dos Annapurnas, Alpes e Pirinéus, ou em autocaravana pelo frio da Noruega. E é nestes destinos que Maria João Ruela encontra os personagens para as suas histórias, pois na sua mochila a autora guarda o seu bem mais precioso, o caderno de notas.
Gostei bastante da forma intimista como cada viagem é narrada, das pequenas divagações que levam a autora para outras viagens, das imperfeições e também dos mapas desenhados no início de cada capítulo, que revelam antecipadamente o trilho escolhido para cada destino. Maria João Ruela partilha ainda uma seleção de fotografias, a preto e branco e a cores, que nos vão acompanhando ao longo do livro.
terça-feira, 3 de janeiro de 2012
"Perdóname"
Pablo Alborán e Carminho, mais uma dupla perfeita,
num cenário luminoso!
num cenário luminoso!
domingo, 1 de janeiro de 2012
«Guimarães 2012»
«Quatro ciclos de programação que correspondem às estações do ano: tempo para encontrar, tempo para criar, tempo para sentir e tempo para renascer são as linhas conceptuais que desenham a programação de Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012; um leque vasto de propostas culturais e artísticas, que se dividem em áreas distintas e que apontam para a comunidade, a cidade, o pensamento e a arte.» (fonte: canal 180)
Ao todo o programa inclui cerca de 600 espetáculos, sendo que o arranque oficial está agendado para dia 21 de janeiro, com um espetáculo de rua produzido pela companhia catalã La Fura dels Baus.
Guimarães, a cidade do lado esquerdo do sentir!
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