segunda-feira, 4 de junho de 2007
MaRvãO sublime
Certa manhã ao acordar, sentiu-se vazia.
Olhou o azul céu e nada viu.
Nada sentiu, nada encontrou.
Imagens desfocadas por ela passaram,
E seu melancólico corpo não reagiu.
Eram apenas retratos.
Retratos de um ontem que já não existia.
Partiu.
Partiu em busca de algo que desconhecia.
Numa ânsia desenfreada de ao limite chegar.
Por momentos inspirou.
Inspirou a leve brisa que até ela chegava.
Escalou montes e desbravou montanhas,
E no cimo, tocou no instante da magnitude.
Na imponência do belo e infinitamente mágico.
O vento gelado daquele Inverno,
Fustigava-lhe a eloquência.
E o fugaz silêncio derrotava-lhe as abismadas palavras.
Mas os seus olhos encontraram a perfeição da conquista,
O deslumbre do encantamento.
Os seus dedos cravaram as pedras do real.
Os seus pés pisaram o pulsar de uma vila.
Uma vila abscôndita por muralhas avassaladoras.
E no limiar do infinito,
Entre o tímido céu e a longínqua terra do nunca,
Os seus batimentos apressados revelaram-lhe o Não Sonho.
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5 comentários:
A foto está sublime...
Certa manhã andou nos copos...
ah! Maluca...
Belíssimas, a imagem e as palavras :)
Beijinhos
Que texto bonito!
Demorei-me mais no "Escalou montes e desbravou montanhas"... há uma importância enorme em conseguir respirar o ar certo para conseguir tal feito.
A fotografia é linda, claro :)
Lindo! Tanto a foto como o poema! Lindos Lindos!
/marvão/
cosemos bainhas.
sobre a beleza solar das
pedras.
* beijO
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